Porquê Bach?

Porquê Bach agora?

Para mim, a música de Johann Sebastian Bach engloba tudo o que é humano. A nossa inteligência e as nossas emoções, a nossa força e a nossa fragilidade, a nossa multiplicidade e a nossa singularidade.

A sua música é poesia, narração, teatro, ópera, tudo codificado em pequenas marcas chamadas notas, depois recriadas no som que vibra e nos ajuda na ressonância com o Universo.

Voamos até à Lua, Marte, exploramos o Cosmos cada vez mais longínquo só para aprender que, apesar de todos os nossos esforços e das fantásticas realizações tecnológicas, o Cosmos continua a afastar-se, e nós, de facto, sabemos cada vez menos.

Bach sabia como exprimir esta grandeza. Com a sua fé, a sua inteligência e o seu enorme trabalho, conseguiu deixar-nos um tesouro – o expoente máximo da nossa cultura e da humanidade.
Com combinações de apenas 12 tons construiu um Universo musical no qual, nós , os músicos e vós, os ouvintes, podemos viajar sem limites.

Para nós – músicos que trabalhamos Bach todos os dias – a sua música dá-nos infindáveis possibilidades de a tocar e de a ouvir, a cada vez de uma maneira diferente. Nenhum outro compositor oferece uma tal viagem de exploração.

Então, claro, sim. Bach aqui e agora.

Especialmente neste momento em que a nossa existência na Terra se torna cada vez mais frágil e em que as nossas diferenças se manifestam como nunca antes, é a música de Bach que nos sabe ensinar e ajudar a sentir que, mesmo o puzzle mais complicado, pode ser resolvido em harmonia.

Veronika Schreiber

Veronika Schreiber Kadlubkiewicz

“… Uma violinista deslumbrante…”
nas palavras de Herman Trotter (Revista High Fidelity)

Veronika Schreiber Kadlubkiewicz

A violinista Veronika Schreiber, diplomada com distinção pela Academia de Música de Varsóvia, Polónia, prosseguiu os seus estudos nos Estados Unidos com Henryk Szeryng e Roman Totenberg. Finalista do Concurso Alberto Curci em Nápoles, Itália, recebeu um prémio especial no Concurso de Excelência na Música Americana patrocinado pela Rockefeller Foundation, em Washington D.C.

Solista com orquestras na Polónia, Espanha, Itália e Estados Unidos, tocou com artistas tais como Mieczyslaw Horszowski, Felix Galimir, Peter Wispelway, Ursula Oppens, Paul Gulda, Manon Fischer-Dieskau, entre outros.

Tendo ocupado o lugar de concertino na Orquestra de Câmara da Polónia, Orquestra Filarmónica de Gran Canaria e New Hampshire Symphony, Schreiber tocou ainda com a Orpheus Chamber Orchestra, Boston Symphony Orchestra e a New England Camerata.

Tocou no Marlboro Music Festival, Bach Aria Festival, Estate di Radicondoli, Monadnock Music e Warsaw Autumn Festival.

Também solicitada como intérprete de música contemporânea, colaborou com Witold Lutoslawski, Morton Feldman e Samuel Adler, entre outros, tendo gravado inúmeras composições que foram escritas propositadamente para si.

Preocupada com a educação musical das crianças, Schreiber criou programas para públicos jovens que foram apresentados em Itália, Polónia e França.
Ensinou violino e música de câmara no Smith College, na Universidade de Massachusetts em Amherst, e também em Amherst College.

Veronika Schreiber organizou e dirigiu uma masterclass de violino na Borgonha, França (www.schreibermasterclass.com).

Recentemente instalada em Portugal, prossegue a sua carreira como solista e violinista de câmara. Toca um violino feito em Lisboa em 2016 por Christian Bayon.

Veronika Schreiber é diretora artística do festival VIVA BACH, que terá lugar em Alcácer do Sal de 20 a 22 de setembro de 2019.

 

Contacto